Equipa de Apoio Psicossocial

PROJETO APOIADO POR:

 

A Equipa de Apoio Psicossocial do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada é uma das dez equipas de apoio psicossocial (EAPS) que integram o Programa de Apoio Integral a Pessoas com Doenças Avançadas – Programa Humaniza, impulsionado pela Fundação “la Caixa”/BPI, e que trabalham em todo o território português para melhorar a qualidade de vida das pessoas com  doenças avançadas e das suas famílias. Esta visão integral é importante para prevenir e aliviar o sofrimento das pessoas.

CONTACTOS:

EAPS Hospital do Divino Espírito Santo

Telefone: 296 203 000

Email: [email protected]

Horário: Segunda a sexta-feira: 08h00 – 16h00

APOIO PSICOLÓGICO

Os doentes e as famílias que enfrentam doenças avançadas têm necessidades psicológicas específicas. É frequente sentirem medo e angústia, terem mais consciência da sua vulnerabilidade e da imprevisibilidade da vida. Estes sentimentos causam sofrimento e diminuem a qualidade de vida.

O apoio psicológico permite identificar o sofrimento do doente e da família, contextualiza-o, e ajuda a encontrar estratégias adaptativas de resposta aos desafios colocados pela doença, e também na fase de luto. Pela sua importância, o apoio psicológico é um elemento comum aos quatro pilares dos cuidados paliativos: a comunicação, o controlo de sintomas, a família e o trabalho em equipa.

APOIO SOCIAL

Na doença avançada, a vulnerabilidade social e a falta de recursos contribuem para condições de maior complexidade e sofrimento social.

O apoio social, enquanto área do cuidado integral a pessoas com doenças avançadas, tem como objetivo avaliar e diminuir os impactos sociais da doença na pessoa, família e cuidadores.

Os assistentes sociais facilitam o processo de adaptação à doença numa atitude de escuta-ativa e relação empática, identificando e mobilizando recursos que promovem  o bem estar do doente. Apoiam também a família na sua função cuidadora, ajudando a que o processo de perda e luto seja realizado da forma mais saudável possível.

Os valores de justiça social são centrais e defendem que os cuidados de fim de vida são um direito humano.

VOLUNTARIADO

O voluntariado constitui um importante contributo no aumento da qualidade de vida das pessoas com doença avançada e dos seus familiares. A sua atividade é centrada nas necessidades e no conforto do doente e da sua família.

Possui um campo próprio de intervenção, acrescenta valor humano, de relação e proximidade à intervenção realizada pelos profissionais, sendo parte integrante da equipa de cuidados.

Os voluntários são um elemento imprescindível do modelo de apoio psicossocial e espiritual promovido pelas EAPS, desenvolvendo programas de voluntariado nos hospitais e na comunidade onde atuam.

A integração e atuação dos voluntários na prestação de apoio requer disponibilidade, envolvimento e formação específica e contínua.

APOIO ESPIRITUAL

Todas as pessoas têm uma dimensão espiritual que lhes permite lidar com a sua vulnerabilidade humana e reorientar a sua esperança. Desta forma, redescobrem um sentido para a vida face à doença , para eles próprios e para os outros que lhes são significativos, reduzindo o potencial de sofrimento existencial.

Se a religião é importante, esta pode ser uma forma de vivência da espiritualidade. As respostas religiosas com que as pessoas se  identificam e que são significativas nos seus percursos de vida, são geralmente uma ajuda em fases desafiantes. O (re)encontro com a fé também pode ajudar.

APOIO NO LUTO

O luto é a resposta a uma perda significativa. Apesar de doloroso, este é um processo natural que implica um esforço ativo de adaptação.

A experiência de perda, embora comum a todos os indivíduos, é individual e única. Algumas das manifestações de luto mais frequentes são:

  • Intensa dor emocional, saudade e anseio, revolta, ansiedade.
  • Pensamentos recorrentes, choque, confusão e atordoamento, dificuldades de concentração e memória.
  • Choro, isolamento, alteração dos hábitos e das rotinas.
  • Pressão no peito, dor, alterações do apetite e do sono.
  • No entanto, em alguns casos, as manifestações de luto intensas podem prolongar-se, comprometendo o funcionamento geral da pessoa e afetando a sua saúde física e mental.

Vários fatores podem dificultar a adaptação à perda:

  • Qualidade da relação (relação de dependência ou conflituosa)
  • Circunstâncias adversas de morte (morte inesperada e/ou associada a grande sofrimento).
  • Existência de antecedentes pessoais (depressão, perdas anteriores)
  • Suporte sociofamiliar insuficiente (isolamento, conflitos, familiares).

 

Nestes casos, pode ser útil procurar ajuda profissional.